Data: 11-03-2014
Criterio: B1ab(i,ii,iii)
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Danielli
Analista(s) SIG: Thiago, Marcelo
Especialista(s): Fatima Regina G. Salimena
Justificativa
A espécie caracteriza-se por pequenos arbustos encontrados nos domínios da Caatinga (Salimena et al., 2013) e do Cerrado (CNCFlora, 2013). Endêmica do estado da Bahia, é restrita a uma área ao redor do município de Barra da Estiva, ao norte de Mucugê, sul de Ituaçú, mas também ocorrendo em Ibicoara (Salimena et al., 2009). Apresenta EOO de 5.648,37 km², e está sujeita a quatro situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. Apesar de ter uma distribuição restrita, a espécie é relativamente comum onde ocorre (Atkins, 2005). Desenvolve-se em Campos Rupestres abertos, entre 1.100 m e 1.300 m de altitude, aproximadamente (Atkins, 2005). Sua área de ocorrência está sujeita aos impactos da atividade de agricultura (eixo Mucugê-Ibicoara), região conhecida pelo amplo uso agrícola do solo, intensificado e diversificado a partir de 1980 (Oliveira & Franca-Rocha, 2013), o que resulta em um declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat onde a espécie é encontrada.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Stachytarpheta lychnitis Mart. ex Schauer;
Família: Verbenaceae
Sinônimos:
Descrita em Prodr. [A. P. de Candolle] 11: 571. 1847 [25 Nov 1847]. Espécie caracterizada por ser um arbusto baixo, se difere das demais espécies do grupo por suas folhas verde-prateadas (Atkins, 2005).
Endêmica do estado da Bahia (Salimena et al., 2013), a cerca de 1.100 m a 1.300 m (Atkins, 2005). Restrita a uma área ao redor da Barra da Estiva, ao norte de Mucugê, sul de Ituaçu, sendo também encontrada em Ibicoara. Apesar de possuir uma distribuição restrita, a espécie é relativamente comum onde ocorre (Atkins, 2005; Salimena et al., 2009).
Subarbusto com até 50 cm de altura, geralmente prostrado, com sistema subterrâneo desenvolvido. Folhas argênteas, ovadas, agudas no ápice, cobertas em ambas as faces com longos tricomas alvos. Flores com corola vermelha (Salimena et al., 2009). Ocorre em Campo Rupestre aberto a cerca de 1.100 m a 1.300 m (Atkins, 2005).
Existem registros de coleta da espécie com flores para os meses de janeiro (R.M. Harley 15533), fevereiro (R.M. Harley 15853A), julho (A.M.L. Giulietti 1240), setembro (A. Furlan 2047) e novembro (M.M. Arbo 5697).
2.1.3 Agro-industry farming
Incidência
local
Severidade
very high
Detalhes
Os municípios de Barra da Estiva, Ibicoara e Mucugê, são conhecidos regionalmente como eixo Mucugê-Ibicoara, em função do amplo uso agrícola do solo, intensificado e diversificado a partir de 1980 (Oliveira & Franca-Rocha, 2013).
- SALIMENA, F.; FRANÇA, F.; SILVA, T.R.S. Verbenaceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G.; QUEIROZ, L.P.; SILVA, J.M.C. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. p. 399-405.
- SALIMENA, F.R.G.; THODE, V.; MULGURA, M.; O'LEARY, N.; FRANÇA, F.; SILVA, T.R.S. 2013. Verbenaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB39640)
- ATKINS, S. The genus Stachytarpheta (Verbenaceae) in Brazil. Kew Bulletin, v. 60, n. 2, p. 161-272, 2005.
- OLIVEIRA, A.I.L.; FRANCA-ROCHA DA, W.J.S. Modelagem da vulnerabilidade à contaminação de aquíferos livres em região hidrográfica do semiárido baiano explorada pela agroindústria. Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 2013.
- CNCFlora. 2013. Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>.
CNCFlora. Stachytarpheta lychnitis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Stachytarpheta lychnitis
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 05/12/2014 - 17:17:14